sábado, 21 de junho de 2008

O Mundo da Gi com roupa nova!

Então, estava eu de bobeira na aula de latim (por que será que é sempre na aula de latim?) - não por não ter o que fazer, na verdade a terceira declinação é bem difícil - e comecei a imaginar um desenho bonitinho pra ser o avatar do blog... comecei a fazer um esboço e acabei gostando do que deu... Quando eu fico empolgada não largo... aí quando cheguei em casa passei pra uma folha decente, digitalizei e aí está! Um pouco inspirado no Pequeno Príncipe, mas com o toque da Gi!

bjo, família!

P.S.: Sobre a aula de latim, não se preocupem! Eu acredito em aprender por osmose!

domingo, 15 de junho de 2008

Aproveitando o clima romântico

O Encontro

O alto-falante acabara de avisar que o avião havia pousado com sucesso. “Pousado com sucesso”. A fez lembrar daqueles filmes de ação em que sempre há uma crise em pleno vôo, o piloto desmaia, o mocinho pega o leme e consegue pousar o avião com precisão, sem nunca antes ter feito um curso de pilotagem, a torre rompe numa exclamação de alívio e comemoração e uma voz cheia de sensatez anuncia: “o vôo 103 com destino a Boston acaba de pousar com sucesso”. A imagem através do vidro de um avião taxiando trouxe Helena de volta a realidade. Sacudiu a cabeça, afastando essas idéias idiotas, e tentou arrumar o cabelo num gesto apressado de excitação. O avião pousara. Ele estava mais perto do que nunca. O sentimento era de último fôlego antes do mergulho.
...

Nunca a vira antes. Nem por foto. Ambos tímidos, haviam decidido que deixariam a surpresa para última hora. No começo não acharam que chegariam tão longe, acharam que seriam somente mais um dos tantos outros colegas de chat na internet. Mas o tempo e os constantes encontros online lhes proporcionaram a chance de se conheceram mais profundamente do que qualquer imagem de foto pudesse revelar. Se apaixonaram a distância.
Marcelo se soltou do cinto sem perceber que já estava se levantando e caminhando em direção a porta de saída do avião. Ela estaria além daquele corredor. Depois de quase dois anos eles enfim se encontrariam. A curiosidade e excitação começavam a dar lugar para o nervosismo e a insegurança. Mil dúvidas passavam pela sua cabeça. “E se ela não for o que eu imaginava?”, “E se ela não se interessar por mim?”.
...

“E se ele não gostar de mim, se me achar feia? Ai! Eu sou feia!” pensava Helena enquanto o portão se abria para dar passagem a um bando de pessoas diferentes, realmente ela não procurava um rosto familiar, nunca havia o visto. Vários homens saíram daquele avião e qual deles seria o Marcelo. Ela segurava uma placa com seu nome. Já temia o que poderia vir quando viu que alguém no meio daquele tumulto a olhava fixamente, como se quisesse tomar coragem para dar os próximos passos. Ela soube, era ele.
...

Marcelo respirou fundo. Então essa era a Helena, a sua Helena que por vezes idealizara buscando materializar numa imagem os seus sentimentos. Mas no final ela era totalmente diferente. Precisava ter certeza. Caminhou em sua direção, mas os olhos de scanner da mulher não o deixaram dúvidas. Enquanto andava cauteloso, a mulher que segurava a placa “MARCELO” o avaliava de cima a baixo, procurando reconhecer nele o que nunca vira. Quando estava a trinta centímetros de distância ele disse: “Helena”.
...

Ele estava agora na sua frente e não correspondia a nada do que ela havia imaginado. Mas era o Marcelo que ela tanto desejara pelos meses de conversas pela internet. Ele havia viajado milhas para estar ali, naquele momento, a fim de se encontram e poderem enfim matar uma saudade diferente, a saudade de algo que nunca se teve. Mas por mais inusitado que parecesse, a realidade era outra. Eles eram dois estranhos. O que não poderiam ter cogitado era que pessoalmente não se reconheceriam tão íntimos. Haviam criado um mundo próprio que não correspondia com a realidade. Helena e Marcelo pela primeira vez se olharam face a face, em seguida deram um abraço desajeitado e breve. Tantas expectativas, mil planos de coisas a se dizer, de perguntas a fazer frustrados diante da imensidão do fato de serem estranhos um para o outro.
...

Marcelo a convidou para um café. Sentaram-se numa mesinha de uma cafeteria do aeroporto, um do lado do outro, como que para evitarem de se encarar. Helena o olhava de relance, meio tímida, querendo puxar um assunto que acabasse com aquele silêncio cortante, mas falar era difícil, não estava acostumada. Marcelo parecia distraído procurando alguma coisa em seus bolsos. Helena olhava com curiosidade quando o viu achar o que queria. Marcelo não disse nada, olhou-a nos olhos por um minuto, pegou um guardanapo num gesto decidido, abaixou a cabeça sobre o pedaço de papel e começou a escrever com a caneta que retirara do bolso. Entregou o guardanapo a Helena. Dizia:
“Oi Lena”.
Ela havia entendido no mesmo instante que em que lera. Sem o olhar, pegou a caneta e escreveu:
“Oi Má”.
Ele:
“Você é linda, estou muito feliz em te ver”.
Ela:
“Eu tbm estou”.
...

O Garçom que trouxe o café nunca vira antes um beijo tão apaixonado.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Boa Pergunta

Como pode ser o homem fundamento do mundo se é o ser que é por essência mudança, perpétuo chegar a ser que jamais se alcança a si mesmo e que cessa de transformar-se apenas para morrer?

- Octavio Paz

Primeira Postagem

Oi Família... Descobri um meio de falar sobre tudo o que vai na minha cabeça! Criei esse blog e agora não preciso mais ficar forçando ninguém a ouvir as minhas neuroses durante a viagem de ônibus, dentro do shopping, na cantina ou na aula de latim... Se quiser me ouvir, apareça! Será bem vindo! Mas desde já deixo o aviso:

No Mundo Da Gi, A Gi Diz O Que Quiser!

Sejam reflexões, fofocas, viagens aparentemente sem sentido, textos esquizofrênicos, momentos culturais e o escambal!

Divirtam-se!